"Quando
perdemos a capacidade de nos indignar com as atrocidades praticadas contra
outros, perdemos também o direito de nos considerar seres humanos
civilizados". Vladmir Herzog
Durante a última quinzena desse mês de
março, por iniciativa da professora de Música da Escola, Caroline Ponso, foi criado o grupo no Facebook: MC investiga o Golpe: queremos beber nesse cálice de novo? para que os colegas pudessem compartilhar informações, filmes, textos, músicas, endereços na web, etc., sobre o triste período histórico e usá-los com os alunos em sala de aula.
Alguns professores trabalharam com seus alunos de I, II e III Ciclo, em sala de Aula, na Midiateca, no Auditório, na sala de Música, na sala
de Teatro e em outros espaços, a temática da Ditadura e os 21 anos em que os Militares ficaram no poder em nosso país.
Mesmo tendo acontecido há meio século, o Regime da Ditadura Militar deixou
marcas e feridas tão profundas na sociedade brasileira, que seu impacto é
percebido ainda hoje. Registramos, nesta postagem, filmes, músicas, textos,
etc., trabalhados com os alunos ao mesmo tempo que trazemos outras sugestões.
O ano de 2014 (31/03 e 1º/04) marca os 50 anos do Golpe
Civil Militar no Brasil. O assunto volta a ganhar força não apenas pelo
triste aniversário, mas também pela quantidade de revelações que surgem nos
últimos anos, sobre os 21 anos em que os militares (marinha, aeronáutica e
exército) estiveram no poder.
Confira a revista Nova Escola: neste especial, apresenta as novas perspectivas sobre o
período que precisam ser levadas às salas de aula.
A propósito, assista à entrevista da TV Carta Capital com Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada e professora universitária, da CNV, falando sobre as Forças Armadas ontem e hoje.
Há também no UOL Educação um infográfico/jogo interativo bem interessante com muitos álbuns com fotos e áudio da época. Clique e aproveite!
Abaixo, músicas e filmes da época da Ditadura Militar, cantadas e assistidos pelos alunos.
A professora Caroline Ponso e seus alunos do Complemento de Música fizeram arranjos próprios no teclado, violão e flauta para "Calice" de Chico Buarque e Gilberto Gil e "Caminhando..." de Geraldo Vandré. Antes assistiram com os demais alunos das turmas de III Ciclo, aos clipes abaixo, pois eles dizem muito da história desse período que ficou conhecido como "Os anos de chumbo", principalmente a partir de 1968...
A música "Cálice", de autoria de Chico
Buarque e Gilberto Gil, interpretada por Chico e Milton Nascimento, foi considerada subversiva pelos órgãos da ditadura
militar brasileira e por isso teve que ser cantada com a letra modificada. Os seus versos traziam a denuncia da tortura – “Quero cheirar fumaça de óleo diesel” -, alusão clara à morte de Stuart Angel Jones, torturado e executado em 1971, tendo o corpo arrastado pelo pátio de um quartel da aeronáutica, amarrado em um jipe, com a boca presa ao cano de escapamento. “Cálice” falava daquele momento obscuro da história do Brasil. Seus versos eram mais do que um sentido de protesto, era um grito sufocado, um alerta contra o horror das masmorras, um pedido de socorro dentro de um sistema cruel e truculento, uma denúncia aos assassínios praticados. A canção tinha sido proibida pela censura. Poucos dias antes do show na USP, entre os dias 11 e 13 de maio, Chico Buarque e Gilberto Gil tiveram os microfones desligados quando, em um festival promovido pela gravadora Polygram, o “Phono 73”, tentaram cantar a música.As
lembranças da repressão; a prisão de pessoas que simplesmente "sumiam";
a violência sofrida pelos que desafiavam o regime repressor, - tudo isso atingia
a todos que não pactuavam com o regime militar instalado no Brasil pós-64. Um
grande "CALE-SE" se abateu sobre o povo brasileiro.
1968 - AI 5 e os Anos de chumbo: Geraldo Vandré - caminhando (Pra não dizer que não falei de flores... Assista no youtube)
“Estão
esgotados os ciclos dos governos militares na América Latina, mas domingo à
noite, na Barra Funda, parecia que a canção de protesto era a música da moda.
Entoados pela diva folk e ativista norte-americana Joan Baez, em show no Teatro
Bradesco, canções como Gracias
a La Vida (Violeta Parra), Cálice (Chico
Buarque) e Deportees (Pete Seeger) deram o ar de sua graça, como se os anos de chumbo
tivessem voltado – e orgulho da resistência também.(Joan Baezfora proibida, pela ditadura militar, de se apresentar no Brasilem 1981).
Mas o mais emocionante foi quando o hino maior dos opositores do regime militar, Para Não Dizer Que Não Falei de Flores(Geraldo Vandré) foi cantado em coro pela plateia. Detalhe: com a presença do próprio Vandré, de 78 anos, um notório misantropo, no palco. “Eu vou convidar para subir ao palco um mito. Ele não gosta disso, prefere ser somente um homem. Ele virá aqui, mas não vai cantar, vai ficar do meu lado”, disse Joan Baez.
Vandré entrou sob aplausos demorados, toda a plateia em pé. De temperamento arredio, quase invisível na cidade de São Paulo há quatro décadas, o cantor e compositor não grava um disco desde 1971"...
Abaixo você confere na Folha a lista das 40 músicas mais votadas por artistas e intelectuais como sendo as mais representativas do período da Ditadura Militar no Brasil:
Clipe documentário sobre a música brasileira no período da ditadura militar que pairou no Brasil durante as decadas de 60, 70 e 80. Documentário baseado no conteúdo do site www.censuramusical.com.br produzido pelos jornalistas Gabriel Pelosi, André Rocha e Lucas Mota.
CENSURA MUSICAL - Parte 2
Mais filmes...
O DIA QUE DUROU 21 ANOS - Entrevista com Camilo Tavres falando sobre a interveção dos EUA no golpe Filme de Camilo Tavares traz documentos Top Secret e áudios originais da Casa Branca, do Depto. de Estado e da CIA, que revelam intervenção norte-americana no golpe.
PRA FRENTE BRASIL (1982 - Roteiro de Roberto Farias. Argumento de Reginaldo Farias e Paulo Mendonça. Dirigido por Roberto Farias. Estrelando Reginaldo Faria, Natália do Valle, Antônio Fagundes & Elizabeth Savalla.
Sinopse: Em 1970, em plena euforia do milagre econômico e da vitória da seleção brasileira na Copa de 70, um pacato cidadão da classe média, Jofre Godoi da Fonseca, é confundido com um ativista político, sendo então preso e torturado por um grupo que combate "subversivos", patrocinado por empresários. A mulher e o irmão de Jofre investigam seu desaparecimento, pois não conseguem o apoio da polícia.
A IMPRENSA PAULISTA NA DITADURA (1964 - 1985) - É um video-documentário que relata o impacto da Ditadura Militar no Brasil sobre a imprensa paulista e seus profissionais. A submissão de alguns, a resistência de outros e a vida daqueles que lutaram pela liberdade de expressão e pela ética em sua profissão. De uma lado, grandes empresas preocupadas com seus patrimônios, de outro, homens que queriam simplesmente escrever, e contra todos, os generais do Exército que não queriam que o povo enxergasse a verdadeira face de um país sofrido e amordaçado.
O video traz depoimentos de professores, historiadores e principalmente de jornalistas que trabalharam naquela época e que sobreviveram às batalhas, censuras e torturas. O intuito é mostrar as dificuldades daquele período e trazer uma reflexão sobre os resquícios dessa ditadura nos dias de hoje e do que deveria se uma imprensa livre.
Podemos conceituar
a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os
militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se
pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, muita censura na
produção cultural, na música, no teatro, nos jornais, nas revistas, no cinema, na
televisão, no rádio, etc. Fizeram a “ré- reforma” na universidade, no ensino
fundamental e médio (proibiram o ensino de Filosofia e da Sociologia e obrigaram o
ensino de Moral e Cívica), houve muita perseguição política, repressão e
tortura aos que eram contra o regime militar.
Em 31 de março de 1964, militares contrários ao governo de João
Goulart destituíram o então presidente e assumiram o poder por meio
de um golpe. O governo comandado pelas Forças Armadas durou 21 anos e implantou
um regime ditatorial. A ditadura restringiu o direito do voto, a participação
popular e reprimiu com violência todos os movimentos de oposição.
Na economia, o governo colocou em prática um projeto chamado desenvolvimentista que produziu resultados bastante
contraditórios, já que o país ingressou numa fase de industrialização e crescimento
econômico acelerados, sem beneficiar a maioria da população, em particular a
classe trabalhadora, aumentando a distância entre pobres e ricos e a Dívida Externa adquiriu proporções astronômicas.
Linda e emocionante música do Chico como trilha sonora composta para a personagem real da história.
ZUZU ANGEL - 1982 - (Trailer oficial) Sinopse: Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o país mergulhar em um dos momentos mais negros de sua história. Alheia a tudo isto, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. O desfile da sua coleção em Nova York consolidou sua carreira, que estava em ascensão. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. Resumindo: as diferenças ideológicas entre mãe e filho eram profundas. Ela uma empresária, ele lutando pela revolução socialista e Sônia (Leandra Leal), sua mulher, partilha das mesmas idéias. Numa noite Zuzu recebe uma ligação, dizendo que "Paulo caiu", ou seja, Stuart tinha sido preso pelos militares. As forças armadas negam e Zuzu visita uma prisão militar e nada acha, mas viu que as celas estavam tão bem arrumadas que aquilo só podia ser um teatro de mau gosto, orquestrado pela ditadura. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado até a morte na aeronáutica. Então ela inicia uma batalha aparentemente simples: localizar o corpo do filho e enterrá-lo, mas os militares continuam fazendo seu patético teatro e até "inocentam" Stuart por falta de provas, apesar de já o terem executado. Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incômoda para a ditadura e ela escreve que não descarta de forma nenhuma a chance de ser morta em um "acidente" ou "assalto".
OBS.: Dessas 20 produções acima, apenas três foram encenadas durante o regime.
Síntese com Ano, Direção e Gênero de filmes que tratam dos 21 anos de Ditadura Militar no Brasil os quais você encontra também no Youtube e no link do UOL acima:
O que é isso,
companheiro? Ano: 1997
Direção: Bruno Barreto
Gênero: Drama
Pra frente Brasil Ano: 1983
Direção: Roberto Farias
Gênero: Drama
O ano em que meus
pais saíram de férias Ano: 2006
Direção: Cao Hamburguer
Gênero: Drama
Lamarca Ano: 1994
Direção: Sérgio Resende
Gênero: Drama
Cabra-Cega Ano: 2005
Direção: Toni Venturi
Gênero: Drama
Zuzu Angel Ano: 2006
Direção: Sérgio Rezende
Gênero: Drama
Batismo de Sangue Ano: 2006
Direção: Helvécio Ratton
Gênero: Drama
Ação entre amigos Ano: 1998
Direção: Beto Brant
Gênero: Drama
Dois córregos -
verdades submersas no tempo Ano: 1999
Direção: Carlos Reichenbach
Gênero: Drama
Nunca fomos tão
felizes Ano: 1984
Direção: Murilo Salles
Gênero: Drama
Araguaya - a
conspiração do silêncio Ano: 2004
Direção: Ronaldo Duque
Gênero: Drama / Histórico
Topografia de um
desnudo Ano: 2009
Direção: Teresa Aguiar
Gênero: Drama
Eles não usam
Black-Tie Ano: 1981
Direção: Leon Hirszman
Gênero: Drama
Uma longa viagem Ano: 2011
Direção: Lúcia Murat
Gênero: Documentário Histórico
Diário de uma busca Ano: 2010
Direção: Flávia Castro
Gênero: documentário histórico
Quase dois irmãos Ano: 2004
Direção: Lúcia Murat
Gênero: Drama
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL 50 ANOS DO
GOLPE MILITAR – O regime militar visto sob múltiplos olhares: o canal Brasil exibe
10 longas a partir de 26/03. Clique na imagem e confira datas, horários e a sinopse de cada filme:
IMPERDÍVEL O MANIFESSTO DE JEOCAZ LEE-MEDI (Wordpress) Destaco aqui as seguintes matérias ilustradas:
( NoYouTube) - Documentário sobre Boilesen, empresário que foi um principais financiadores da tortura no Brasil e que inclusive participava de seções de tortura. Dá náusea ver os agentes da repressão justificando as práticas de tortura e morte dos adversários políticos e os amiguinhos do Boile dourando a figura dele. Por outro lado, o filme mostra a grande participação dos empresários no golpe de 1964 e no regime ditatorial que se sucedeu a ele, salientando que a ditadura foi civil-militar. Quase todos os empresários da FIESP participavam da 'caixinha' para financiar os órgãos de repressão e aí destaque para FORD e General Motors, Folha de São Paulo, diversos banqueiros, além da Ultragás (do boilesen). em contrapartida, merece também destaque Antônio Ermínio de Moraes que se recusou a participar da 'caixinha dos empresários' para sustentar as prisões e torturas. Segundo um depoimento, "alguns ricaços gostavam de ver os inimigos ser torturados." Não é de admirar que torturadores tenham enriquecido. Por outro lado, as empresas 'amigas' do governo militar recebiam concessões e benefícios que deixaram seus proprietários muito mais ricos. Isso significa que era muito vantajoso pagar para ver os adversários políticos esfolados até a morte.
(Análise da colega Flávia Adriana)
Fontes de pesquisa para esta postagem "Cinquenta anos do golpe..."
APRESENTAÇÕES DE ALUNOS E PROFESSORES DA ESCOLA MONTE CRISTO QUE TRABALHARAM A TEMÁTICA
DITADURA NUNCA MAIS:DEMOCRACIA SEMPRE!!
Grupo de planejamento das atividades:
profe de Música - Caroline Ponso, profe de Língua Portuguesa - Flávia Adriana, profe de História - Cezar Augusto, profe de Geografia - Luciano Barbian
1.Atividades realizadas no1º momento em 31 de março e 1º de abril:
Turno da Manhã e Turno da Tarde: Todas as turmas do I, II e III Ciclo
no Circo Cultural
Mestre de Cerimônia: profe de Teatro Mateus Gonçalves
Roteiro:Contextualização do período histórico, esclarecendo que o motivo do
encontro não é uma comemoração, que é para reavivar a memória sobre os fatos da
época (para que nunca mais aconteçam) e para ensinar História do Brasil, o período sombrio, chamado de
"Anos de chumbo" que durou 21 anos em que acensura se abateu sobre a educação e a
ciência, sobre as manifestações populares da cultura brasileira em geral, das
artes, do teatro e principalmente da música.
Falas:
Prof Cezar Augusto - pela Manhã
Prof Luciano Barbian - pela Tarde
Apresentações dos alunos:
Teatro, Leitura de contos e Cartazes alusivos ao tema
Relato sobre a época da Ditadura no Brasil e a música:
Prof Italino Pedrolo
Canto coletivo (profes e alunos, juntos) com arranjo da profe de música Caroline:
Caminhando - Geraldo Vandré
Cálice - Chico Buarque
2. Registros de atividades realizadas no 2º momento em 06 de maio: Após as pesquisas de alunos e professores sobre os 50 anos do Golpe
Civil Militar no Brasil, com seus desdobramentos ao longo de 21 anos, o Ato
Institucional nº 5 - AI5, a censura que se abateu sobre a educação e a ciência,
sobre as manifestações populares da cultura brasileira em geral, das artes e
principalmente da música, a Comunidade Escolar viveu o segundo grande e
brilhante momento de apresentação desse trabalho, com a presença de muitos
familiares dos alunos, no Sarau Musical de 2014 no Salão de Atos Escola Monte
Cristo: o SARAU "CENSURADO" com a magnífica orientação da professora
de música Caroline
Saiba quem interpretou o quê:
SARAU "CENSURADO" - 06/05/2014 – 18h
Abaixo, alguns vídeos do Sarau que foram publicados no canal YouTube pela profe de música Maria Helenita Bernál, pioneira na produção dos Saraus Musicais da EMEF Vila Monte Cristo, os quais tiveram continuidade brilhante e inovadora com a prof Caroline Ponso.
1. Apesar de você- Chico Buarque (1970)
Prof Mateus Gonçalves, grupo de alunos e professores participantes
2. Disparada– Geraldo Vandré (1966)
Prof Carmem Jecy e Marybel Rivero
3. Alegria, Alegria– Caetano Veloso (1967)
Alunos C11/12 e Miguel Besno
4. Pra não dizer que não falei das flores– Geraldo Vandré (1968)
Alunos da C23/24
5. Sociedade Alternativa – Raul Seixas (1974)
Alunos da C13/C14
6. Cowboy fora da Lei – Raul Seixas (1987)
prof Dirlene Marimon
7. Roda Viva- Chico Buarque (1967)
Profes. Jussara Oleques, Letícia Santetti, Vera Seegert, Cláudia Lehmann, Maíra L. de Araújo, Tereka Giorgi, Simone Strauss, Cristiana Paz, Maria Helenita Bernál, Caroline Cao Ponso
8. Cálice– Chico Buarque e Gilberto Gil composta em 1973, foi censurada e só pode ser gravada em 1978.
Alunos da C22
9. O bêbado e a equilibrista – João Bosco e Aldir Blanc (1979)
Patrícia Ayala
OBS:Não encontrei os vídeos nem fotos das quatro apresentações abaixo. Se alguém tiver, enviem para mim ou para Carol.
10. A Palo Seco – Belchior (1976)
Prof Gustavo Bastos Leite
11. Uma vida só(Pare de tomar a pílula) - Odair José (1973)
Prof Cezar Damaceno
12. Viola Enluarada– Marcos Valle (1968)
Profs Caroline Cao Ponso e Maíra Lopes de Araújo
13. Vai Passar- Chico Buarque (1984)
Prof Letícia Santetti
Músicos:Marcos Ponso, Miguel Besnos, Matteo Castro, Arthur Menezes , Pedro Benvenutti, João Vítor Antunes, Ian Leães, Mayron Ambrosini, Jefferson Reis, Anderson Machado, João Baseggio, Everson Machado , Matheus Silva, Moatira Pinheiro, Anna Júlia Saraiva, Osmar Aristimunho